Páscoa – A Ceia do SENHOR
Costumo dizer nas ministrações que faço, que a Santa Ceia só existe em função da
Páscoa ou por causa dela, digo sempre que quanto mais tentam dissociar uma
celebração da outra, mais elas se aproximam e se conectam à medida que com
sinceridade lemos os evangelhos.
Os relatos da Páscoa nos evangelhos correspondem perfeitamente ao cenário
estabelecido por Deus no Êxodo. Assim como o cordeiro era separado no décimo dia do
mês de Abibe, para ser imolado no décimo quarto dia, da mesma forma Yehoshua entra
em Jerusalém no primeiro dia da semana, exatamente 4 dias antes da última Páscoa com
os seus discípulos.
E é possível imaginar pelo relato bíblico a agonia e o sofrimento daquela última
semana, em João 12.27 lemos: “Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu?
Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora. ”
Lemos em Lucas 19 que ao se aproximar de Jerusalém Ele viu a cidade e chorou
abertamente e dizia: ”Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à
paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos. ”
Olhando para os evangelhos, esse choro pode ser muito significativo.
Lemos que Yehoshua chorou duas vezes, uma por Jerusalém e outra por Lázaro.
Ele chorou por Jerusalém com as mesmas lágrimas de amor e compaixão com que
chorou por Lázaro, o texto bíblico diz: “…vede quanto o amava. ”
E é possível traçarmos um paralelo pois pode demonstrar que assim como Lázaro não
foi abandonado, mas foi escolhido para glória de Deus, da mesma forma Jerusalém não
seria rejeitada e sim escolhida para ali se realizar o maior dos milagres através de Sua
morte e ressureição.
Nesta noite, fazemos memória dos acontecimentos, relembramos a história, celebramos
a Páscoa. Que o nosso sentimento seja o de ressurretos em Mashiach, que tenhamos a
consciência que somos parte desse grande milagre ao celebrarmos a Festa, comendo o
pão e bebendo o cálice; anunciado a morte do Senhor até que ele venha.